Há uns anitos atrás cruzei-me com um site de um programador Nova Iorquino que já tinha estado na Microsoft (no desenvolvimento do Excel 5), e onde descobri uma referência a um livro que vim a considerar um clássico imprescíndível, chamado Peopleware.

No arquivo deste site estão vários artigos muito interessantes, em cuja leitura o tempo não será desperdiçado. Um destes, o mais recente, chama-se How Microsoft Lost the API War, e está suscitar muita discussão on e offline.

A tese do artigo, para resumir, é a seguinte: aquilo que de mais valioso existia na plataforma Microsoft eram as suas API’s de desenvolvimento, que permitia o desenvolvimento de aplicações em cima do seu sistema operativo. Com o continuado desenvolvimento de aplicações em Web, isto torna-se em grande medida irrelevante.

Por outro lado, tem-se assistido a várias opções de quebra de compatibilidade entre novas versões e versões anteriores de tecnologias Microsoft (exemplos? VB6/VB.Net, .Net Framework 1.1/2.0, Biztalk200/2004, Sharepoint 2000/2003, etc.), e parece até já dado assente que o modelo de desenvolvimento do Longhorn, quando sair (em 2008?), não vai ser compatível com o modelo actual de desenvolvimento de aplicações. Assim sendo… porquê desenvolver, hoje, aplicações WinForms?

E aqui fecha-se o argumento, porque estas aplicações são as tais que usam e beneficiam das API’s.

O artigo, reconhecendo as grande insuficiências do HTML, constata o óbvio: este é omnipresente, aplicável para muitos tipos de aplicações, e tem como uma das suas grandes vantagens o facto de ter um custo de deployment para um novo utilizador nulo. E isto pode estar a ditar, de alguma forma, uma “derrota” da MS neste campo. Isto explicaria em parte o grande investimento a que estamos a assistir em SmartClients (muito nas áreas de baixar o custo de deployment e no funcionamento offline), mas o facto de esses esforços “irem para o lixo” já daqui a 4 anitos não costuma ser mencionado :-). E também explicaria, talvez, o facto de o Internet Explorer estar parado, em termos de novas versões.

Independente de se concordar ou não com o texto do Joel, vale bem a pena ler, está bem escrito e construído de forma muito inteligente. E tenham cuidado com ideias pré-concebidas que possam ter, porque o rapaz é muito convincente, e o texto faz pensar.

… para se avaliar o grau de polémica que textozito causou, basta ir ao google, onde existem quase 9000 resultados sobre o mesmo…

jota

Ps- se por acaso não tens o Peopleware… Compra-o. É um daqueles clássicos absolutos e obrigatórios. A sério.

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