As outras duas sessões da pre-conference foram sobre Essencials of Architectural Analysis, e sobre reviews a Arquitecturas. A primeira, com o Ron, foi mais uma vez muito leve, ilustrada com alguns dos vídeos disponíveis no site dele, focada em questões como a identificação de requisitos e a sua importância. Apresentou uma tabela interessante com dados de projectos da NASA, relacionando o tempo despendido a recolher requisitos com o aumento de custos em projectos, face ao esperado: com menos de 5% do orçamento do projecto alocado aos requisitos, resultam excessos de custo de 125%. Com mais de 10%, apenas excessos de 30%. Falou ainda de patterns, e talvez o vídeo mais interessante que mostrou, apesar de curto, foi com um "city planner" de Seattle, que em poucos minutos, ao falar do planeamento de cidades (algo tipo os PDM's), usou palavras como "patterns", "frameworks", "master plan", e outras que ressoam no domínio da arquitectura de software.

A segunda sessão foi quase toda dedicada ao standard ISO 9126, sobre qualidade de software, percorrendo os vários aspectos do mesmo e terminando a analisar o iPod. Não foi uma sessão muito interessante, apesar do Scott ser um bom speaker.

A pre-conf está a acabar, com perguntas e respostas, e as primeiras foram precisamente sobre um tema que já discuti no passado: qual é o papel do arquitecto numa metodologia ágil como o Scrum? O Scott, um agilista convicto, faz tanto arquitectura como design (curioso como fez esta distinção), o que lhe dá espaço para estar em todos os projectos e dar globalmente indicações sobre o caminho a seguir. O Ron acrescentou que, em projectos ágeis bem sucedidos, o Arquitecto tende a ser alguém que é o dono da Visão arquitectural do projecto. Para ambos é indiscutível que tem de existir espaço para este papel, em contraste com a visão orgânica (e romântica) em que do trabalho independente de developers a trabalhar em equipa sai um edifício como o pretendido pelo cliente.

Globalmente, a pre-conf não foi tão satisfatória como poderia ter sido (parece que há uma certa tendência para haver demasiado teoria nestas sessões, quase todas de nível 200), pessoalmente interessa-me também ter a visão prática, especificidades dos projectos, trocas de experiências. Como acontece no GASP, aliás. Neste aspecto, a lição que me pareceu mais interessante, passada pelo Scott, foi a necessidade de recolher métricas, medir, testar automaticamente. Porque "anecdotes", historietas, experiências de projectos passados, não são o suficiente.

Outros comentários finais do Scott: diz que não lhe agrada particularmente o UML, e que o único diagrama (na experiência dele) que o cliente consegue compreender são os Sequence Diagrams, que fazem para cada Use Case dos projectos que desenvolvem (pessoalmente também tenho boas experiências com Statechart diagrams).

Quanto à tuga-team, já chegou também o Zé Tó, almoçámos todos o Jan Tielens, e à noite tenho o jantar de MVPs com o Paulo Morgado. Uma curiosidade interessante é que há mais participantes portugueses que espanhois no TechEd (!!).

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